Passado um bocado dizem que nos levam ao local exacto dos Algares (Marradinha I e II). Seriam os guias: Vasco na sua zundapp toda artilhada, mais Cláudio e Pedro no wolksvagem golf artilhado para todo-o-terreno. Saímos do café atrás deles, andamos cerca de 1km em estrada alcatroada e entramos num caminho de terra batida. A certo ponto deixamos de ver o volksvagem TT, e de repente aparece um tractor atrás de nós, avançamos mais um bocado e encostamos o carro para o deixar passar, quando afinal quem vinha no tractor era o Cláudio, que o tinha ido entretanto buscar à “Vacaria” que era do seu patrão. Então avançamos atrás do Cláudio mais uns 200metros e tivemos de deixar o carro, pois o caminho para a frente era mesmo para tractores e jipes, ou “wolksvagens” artilhados.
Diogo vai com o Cláudio e o Vasco no tractor, e eu vou com o Pedro no volksvagem, aquela máquina do todo-o-terreno. Pedro diz para eu não me preocupar que já andou em caminhos pior com a sua máquina. Mas chegamos a um ponto que o carro dele tem de encostar e vamos os 5 no tractor. Era perto da 1h30da manha e lá íamos nós de tractor numa visita guiada ao território dos Algares. Chegamos ao local e com recurso às potentes luzes do tractor, indicaram-nos o Algar da Marradinha II. De seguida andamos mais uns metros e estávamos junto ao Algar da Marradinha I (ficava no terreno do pai do Cláudio).
Às tantas o Samuel (que também era um conhecedor da localização de muitas grutas na zona) pergunta quem alinha ir até um Bar conhecido ali na zona, e beber mais uns copos. Olhamos para o relógio era já perto das 5h00, mas decidimos ir com o pessoal ver o tal Bar. Lá fomos nós com o Samuel o Pedro o Cláudio e o Vasco. Saímos do bar já era de dia, perto das 7h00 da matina. Quando vínhamos a caminho da Bajanca, o Samuel recebe um sms de uma fonte sua, a alertar para operação Stop numa zona em que íamos por acaso passar, então atalhamos por um caminho alternativo. Despedimo-nos do pessoal, e fomos para o Algar da marradinha II para dormir um bocado, mas ao chegar lá pegámos no material e fomos para o Algar, já não valia a pena dormir 1 ou 2 horas. Entramos com uma directa no Algar e começamos a nossa visita.
Saímos do Algar para almoçar e dormir uma sesta debaixo de um sobreiro, com uma temperatura á sombra a rondar os 30ºc. Voltamos a entrar no Algar e só saímos já eram 22h00. Fomos comer umas massas com atum e ovo e fomos até ao café ter com o pessoal. Estivemos por lá até ás 3h00, mas desta vez tínhamos de ir descansar, o Algar da Marradinha II tinha dado conta de nós. Acordamos perto das 8h00 com o barulho de um boi a passar mesmo ao nosso lado. Comemos qualquer coisa e demos por terminada a estadia na Serra de Santo António.
Algar da marradinha II
Algar da Marradinha II é considerada umas das cavidades de maior interesse espeleológico da freguesia, devido ás suas características geomorfológicas e ao seu potencial de estudo. Encontra-se no Vale do Pombo e tem um desenvolvimento de 500m com uma profundidade máx. de 70metros. Segundo consta, a entrada surgiu devido a uma vaca que com um dos membros forçou o abatimento de uma camada de terra rossa e algumas pedras, que não deixavam ver a fenda existente. Após uma descida de 6 metros surge uma primeira sala, onde podemos encontrar duas direcções que dão para duas salas distintas, a Sala dos Cristais e a Sala do Refeitório que é o inicio da Sala grande, sendo esta última a maior e mais imponente galeria da Gruta. Segue-se um extenso meandro, sendo uma das partes deste meandro a zona mais bonita da gruta pela riqueza e diversidade das formações ali existentes. As restantes galerias começam na Sala Grande, na parede sul, 15m a seguir ao Refeitório, onde podemos encontrar a Sala dos Cristais, a Galeria dos Tubiformes e a Galeria das Argilas.
CANAIS & FERNANDES (1999), in “Lapas e Algares da Serra de Santo António”
Registo Fotográfico:
Inicio da entrada no Algar
Formação em coluna
Recolha de material de um poço
Formações de Estalactites
Individuo perdido
Formação de concreções excêntricas
Tubiformes e concreções excêntricas
Concreções excêntricas
Subida a zona superior de uma das Galerias
Estalactites e tubiformes
Recanto final da Sala Grande
Estalactites e estalacmite
Água 100%natural
Buda feito em argila
Início da subida de um poço
Estalactites
Descida do tecto de uma das Galerias
Benção dos cabos
Dois perdidos (mais um pouco de mãos dadas)
Gado bovino
3 comentários:
Bela aventura rapazes! Já sei que o meu mosquetão ajudou :) :)
A minha foto eleita é a do gado bovino :p
Bjs
Usamos o teu mosquetão para descer os poços mais difíceis:D:D..a foto do gado bovino não foi nada fácil de tirar, primeiro que se convencesse aqueles modelos fotográficos a pousarem para o flash:)
quero ver é a malta a meter-se nos buracos
xD
a benção dos cabos tambem está comédia.hihi
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